quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

os corpos

há corpos que se vão
há corpos que se estão
há corpos que se vão e estão
nem sim nem não

pq o corpo é
por ele mesmo, uma definição
um só e devassidão
nem sim nem não

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Como Sol de Meia-Noite

Com doçura radiante
e euforia dançante
eis que suas formas se delineam
entre amarelo, laranja e vermelho

Mesmo os acostumados com sua beleza habitual
se deleitam de sua luz
e entre festejos de roda
Cantam, proclamam, se deixam

A noite escura, negra
só faz par com os cabelos
E mesmo servidos de álcool etéreo
o que inebria é de fato seu sorriso

Há quem diga chama ardente...
Há quem fale em suspiros...
Apenas me desculpe querida Lua, mas hoje,
hoje é dia de Sol raiar na tua noite

segunda-feira, 22 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Face a Face


Quinhão

A absoluta falta de inspiração
O silêncio no escuro
O ventre-universo
Cadência incolor de firmeza volátil
Cadeia de ciclos, ponto incerto
Antes de tudo, o todo no tudo
O todo sozinho, tudo do todo
Não mais que o todo nele mesmo
O Sonho do poeta.

Pétala Branca

O que vejo agora?
O que direi, agora?
O que serei, agora?
Imobilidade. O que são
olhos para mim, agora?

Imóvel. Veemência de
uma Flor inalterada.
Inexplorada.
Fugacidade de uma
imagem que a retina não quer esquecer.

O ventre despido
de uma Rosa, branca,
fugitiva, permanece
na minha boca.

O gosto parece me
devorar.
É o veneno do qual provei,
é a semente que brota aqui.

É o beijo na tua haste;
A mão, espalmada;
É o aroma floral
voando no céu
E o instante preciso,
É o agora,
É neste exato momento.
É a nudez de minha alma,
É te contemplar com calma.